Luiz Trevizani

Campinas/SP
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Luiz Trevizani

Psicoterapeuta holístico, orientador vocacional, consultor de numerologia cabalística e palestrante, Luìz Trevizani carrega consigo a personalidade de quem só se torna plenamente realizado quando consegue despertar o ponto de transformação no coração de um ser humano, motivando-o a superar suas limitações e a ser um vencedor.


Artigos


A ÉTICA E O ROTEIRO DA CORRUPÇÃO
Nosso Senso de Solidariedade e a Felicidade
Pensamento, Atitude, Comportamento e Ação

A ÉTICA E O ROTEIRO DA CORRUPÇÃO


O roteiro da corrupção se estabelece no desejo de se levar alguma vantagem, em qualquer ocasião, no jeitinho de resolver as coisas à margem da lei ou da ética. A sutileza nos surpreende quase sempre em se tratando de nossas atitudes éticas. Outro dia eu conversava sobre ética com uma pessoa, no supermercado, e quando passei pelo caixa me flagrei largando o cestinho na ponta do checkout em vez de recolocá-lo no local onde o peguei. Ato simples, quase nada, mas é um começo de roteiro para a corrupção.

Atitudes e comportamentos como, passar à frente numa fila ou não oferecer lugar à pessoa com maior dificuldade, estacionar o carro em local não permitido, jogar o papel do chiclete na rua, o jogador que simula o pênalti, a vantagem ilícita obtida no negócio por ato de expertise, as artimanhas na sonegação de informações, de impostos, e outras mais, culminam no jogo político, na dissimulação dos discursos, no atendimento dos interesses pessoais e daqueles que se consorciam no financiamento das campanhas eleitorais. A contrapartida disso é a corrupção.

A fieira é longa e envolvente – nunca alguém se torna corrupto sem antes ter se autocorrompido em consciência, e nunca a corrupção se materializa sem que haja o parceiro corruptor. No prato da corrupção, o ingrediente principal é sempre a ganância. E a responsabilidade é de todos – dos que praticam, dos que escolhem, dos que se omitem, dos que corrompem.

Os políticos corruptos são o produto final de um longo processo de acúmulos de atitudes e comportamentos nossos de cada dia; das nossas pequenas atitudes antiéticas cotidianas às influências que elas exercem na escolha de quem elegemos pelo voto. É nosso dever cobrar deles atitudes e ações honestas e coerentes, mas antes é mais coerente se nos autoexaminarmos em consciência, se nossas atitudes e escolhas são também coerentes com as cobranças que fazemos, e nos emendar.

Toda mudança começa na autorreflexão sobre nossas próprias atitudes – será que somos tão éticos a ponto de nos arrogar o direito de só acusar os outros? Aliás, os primeiros a acusar e cobrar dos outros são, quase sempre, aqueles que estão mais comprometidos com as mesmas atitudes e comportamentos deles. Sintonia às vezes incomoda...!!!

A mudança começa pela renovação das nossas próprias atitudes. Querer que a mudança comece de cima para baixo é só ilusão. O jogo é aqui e lá, dentro e fora. Todo o externo se cria numa atitude interior movida por um sentimento, que gera um pensamento, uma ideia, que se transforma em projeto pela imaginação e se materializa em ação, em produto, em comportamento.
O processo da mudança segue o mesmo caminho, os mesmos passos, a mesma dinâmica e o mesmo roteiro. Ao perceber que o produto final das nossas atitudes e escolhas é ruim, nós temos a oportunidade de reverter o processo criativo e mudar. O exemplo serve como referência, tanto o bom quanto o ruim, e tanto guia a nossa educação na ética assim como no vício corrompido, pela mesma dinâmica, só que, nós adultos estamos aptos para exercer em plena consciência o nosso livre arbítrio, e somos os responsáveis pelas escolhas que fazemos. O senso ético é nosso único guia interior no discernimento, quando o exemplo é dos piores como temos hoje nos diversos escalões do poder político e institucional.

Se fôssemos mais éticos não precisaríamos da lei, por exemplo, para dar preferência em atendimentos a pessoas idosas, deficientes e outros gêneros, não precisaríamos do fiscal de transito na esquina para barrar a infração, não precisaríamos da ameaça de julgamento e condenação pela justiça para evitar o ato ilícito; faríamos tudo isso, e muito mais, por iniciativa espontânea e bom senso. E nossas escolhas na política seriam, assim, mais éticas resultando em parlamentos de melhor qualidade e eficiência e governantes mais competentes e honestos.

Pratique ética todos os dias.
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